27/09/2011

Beleza - Bermudas anticelulite, não faz milagres!

Brasil, país tropical, abençoado por "Deus", e com as mulheres mais lindas do mundo! A corrida para, elas, estarem perfeitas, na melhor estação do ano foi dada a largada. Além dos procedimentos com alta tecnologia, realizados nas clínicas de estética, e dos cosméticos (velhos conhecidos). As mulheres agora contam com um novo aliado contra a celulite e gorduras localizadas: as bermudas desenvolvidas para auxiliar os tratamentos desse problema normalmente aterrorizante.

Nos últimos três meses, houve uma verdadeira revolução na indústria. Cerca de 85% das marcas de lingerie e roupa íntima que investiram nesse tipo de produto lançaram seus modelos – que variam entre bermudas, corsários e leggings. No entanto, diante de uma alternativa que promete mudança sem esforço, é impossível não questionar: Será que funciona mesmo? 

Para esclarecer o dilema, UOL Estilo ouviu a opinião de três dermatologistas – especialidade médica que geralmente trata dos indesejáveis furinhos, que comprometem tanto a estética.

Essas bermudas, assim como os corsários e calças leggings com mesmo efeito, prometem agir basicamente através da oclusão (manter a região coberta potencializa o efeito do tecido e de cremes que devem ser passados antes) e ação lipolítica (queima de gordura) e da ação drenante (estímulo da circulação local), por conta de uma tecnologia do tecido, que absorve o calor do corpo mandando-o de volta à pele na forma de raios infravermelhos – esses raios estimulam a circulação local favorecendo a queima de gordura e, consequentemente, melhorando os sinais de celulite.

Mas parece que não é tão simples assim, trata-se de um mecanismo complexo. “A celulite é um problema que se instala no subcutâneo, uma camada mais profunda. E o grande desafio de qualquer tratamento é justamente a penetração dos ativos a esse nível. E não há pesquisas científicas que mostrem que as bermudas conseguem fazer esse transporte”, alerta a dermatologista Daniela Nunes, do Rio de Janeiro.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou por meio de resolução, que as propriedades térmicas dos fios têxteis – utilizados para a confecção das bermudas – com registro na ANVISA, devem ter efeitos concretos de embelezamento, correção estética ou terapêutica. O mesmo vale para os produtos finais, confeccionados com esses fios (no caso, as bermudas propriamente ditas) - a ANVISA avalia os requisitos essenciais de segurança e eficácia, que são comprovados pelo fabricante, e só registra o produto diante de comprovação de tudo que é prometido.
By Sah

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